Revolta

Zona Norte tem suspeita de envenenamento de animais

Já passam de 15 os casos de possível contaminação desde a semana passada na Santa Terezinha

Paulo Rossi -

Princesa está bem. Ela anda, come, balança o rabo e já pede carinho. Está a salvo, mas poderia não ser esse o início da semana da cadelinha de quatro meses, moradora das Três Vendas. Ela foi um dos cães que teriam tido acesso a carne envenenada na Santa Terezinha, nos últimos dias. Entre mortos e infectados, os casos passam de 15.

O servente de obras Lucas Furtado, morador da região, é o dono de Princesa. Ele tinha ainda mais três cães: Pipoca, Príncipe e Maylon. A cadelinha sobreviveu por sorte: estava com a carne supostamente envenenada na boca quando o dono correu para socorrê-la. Ela ficou por dois dias debilitada, sem conseguir se mexer, mas na manhã de ontem já se mostrava recuperada, após tratamento com soro e carvão ativado. Pipoca chegou a ter contato com o alimento contaminado, mas não ingeriu. Os outros dois, faleceram.

"No fim de semana, se tu andasse pela rua era um monte de gente chorando pelos cachorros mortos", comenta Furtado. Desde pelo menos a metade da semana passada, 18 cães teriam sido infectados com veneno e a grande maioria morreu, causando forte comoção nas ruas da Santa Terezinha. Ainda não há, entretanto, mais detalhes nem suspeitas de quem poderia ser o responsável pelo crime.

A mãe de Furtado, a balconista Márcia Souto, relata que pedaços de carne têm sido jogados para os pátios, atraindo os cães. "Há alguns anos, mataram uma série de gatos. Agora são cachorros. É alguém da vizinhança, que conhece as casas e não gosta de animais", aponta. Até o momento, no entanto, nenhum boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil sobre o caso - Lucas pretende fazê-lo nos próximos dias.

Recomendações
A veterinária Isabel Schuch trabalha em uma clínica próxima ao local onde os casos ocorreram. Ela relata que, durante a semana, prestou atendimento a um gato com suspeita de envenenamento. O animal acabou morrendo, mas a profissional salienta que não há ainda indícios de que os acontecimentos estejam interligados.

Isabel destaca que, no caso de desconfiança de envenenamento, o ideal é que o dono leve urgentemente gatos e cachorros para atendimento veterinário. "Cada animal reage de uma forma, assim como cada veneno funciona de um jeito diferente", diz, ressaltando que a grande maioria não conta com antídoto. Ela comenta que, em casos como veneno para ratos, os mais comuns são efeitos nos rins e sangramentos. Quando se trata de estricnina, a urgência é maior e o risco de morte também. Por fim, a veterinária orienta que os donos tenham sempre em casa porções de carvão ativado - e que o utilizem rapidamente.

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